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Sou professora de Português, Espanhol, Literatura e Redação formanda da UFRJ. Atuo em importantes Cursos Preparatórios da cidade do Rio lecionando estas disciplinas. Também ministro aulas de Reforço Escolar, em domicílio, a alunos dos Ensinos: Fundamental e Médio.

sábado, 9 de julho de 2011

VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS



VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS


A palavra transitivo vem do latim “transitivus” – transitare, que quer dizer passar, decorrer. Veja a palavra trânsito tem a mesma origem e quer dizer passagem, circulação de veículos, entre outros significados.
Tendo isso em vista, os verbos classificam-se em transitivos e intransitivos.
Mas o que é verbo transitivo?
Relacionando-o ao significado da palavra, transitivo é o que precisa de um complemento para que a ação que expressa tenha sentido. Isto é, para que a frase tenha sentido, o significado do verbo transita para um complemento. Dito gramaticalmente, o verbo precisa de um complemento.
Exemplos:
*   Comprei tomates.
*   Não gosto de maçãs verdes.
*   Ela deu o presente à sua mãe.

Os verbos transitivos podem ser:

1.      TRANSITIVOS DIRETOS: Marta vendeu seu apartamento. (Marta vendeu o quê? = seu apartamento.)
O significado do verbo vender se completa com um termo a ele ligado diretamente, isto é, sem o auxílio de preposição.
Este elemento se chama objeto direto.

2.      TRANSITIVOS INDIRETOS: Creio em Deus. (Creio em quem? = em Deus)
O significado do verbo crer se completa com um termo ligado a ele indiretamente, isto é, com o auxílio de preposição.
Este elemento se chama objeto indireto.

3.      TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO: Aconselho meus alunos a lerem todos os dias. (Aconselho quem? A quê? = meus alunos a lerem todos os dias.)
O verbo aconselhar necessita de dois termos para completar o seu sentido: um ligado a ele sem preposição e outro com preposição.
Neste caso temos um objeto direto e um objeto indireto.


E o que é um verbo intransitivo?
É o que já tem sentido completo, que não precisa, por tanto, não precisa de complemento. O prefixo in indica negação. Intransitivo = não-transitivo. Ou seja, o seu significado não precisa transitar para um complemento.
Exemplo:
*   A criança dormiu.
O verbo dormir não precisa nem de objeto direto nem de objeto indireto.
Outros exemplos: morrer, deitar, levantar, nascer, cair, etc.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os riscos da arrogância do Império




Os riscos da arrogância do Império

por Leonardo Boff


Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para Presidente dos EUA, especialmente vindo depois de George Bush Jr., Presidente belicoso, fundamentalista e de pouquíssimas luzes. Este acreditava na iminência do Armagedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norte-americana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia. Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se arrogarem o direito de levarem ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas, o seu estilo de vida e sua visão de mundo.

Esperava que o novo Presidente não fosse mais refém desta nefasta e forjada eleição divina, pois anunciava em seu programa o multilateralismo e a não hegemonia. Mas tinha lá minhas desconfianças, pois atrás do Yes, we can (“sim, nós podemos”) podia se esconder a velha arrogância. Face à crise econômico-financeira apregoava que os EUA mostraram em sua história que podiam tudo e que iam superar a atual situação. Agora por ocasião do assassinato de Osama bin Laden ordenada por ele (num Estado de direito que separa os poderes, tem o Executivo o poder de mandar matar ou não cabe isso ao Judiciário que manda prender, julgar e punir?) caiu a máscara. Não teve como esconder a arrogância atávica.

 O Presidente, de extração humilde, afrodescendente, nascido fora do Continente, primeiramente muçulmano e depois convertido evangélico, disse claramente: “O que aconteceu domingo envia uma mensagem a todo o mundo: quando dizemos que nunca vamos esquecer, estamos falando sério”. Em outras palavras: “Terroristas do mundo inteiro, nós vamos assassinar vocês”. Aqui está revelada, sem meias palavras, toda a arrogância e a atitude imperial de se sobrepor a toda ética.

Isso me faz lembrar uma frase de um teólogo que serviu por 12 anos como assessor da ex-Inquisição em Roma e que veio me prestar solidariedade por ocasião do processo doutrinário que lá sofri. Confessou-me: ”Aprenda da minha experiência: a ex-Inquisição, não esquece nada, não perdoa nada e cobra tudo; prepare-se”. Efetivamente assim foi o que senti. Pior ocorreu com um teólogo moralista, queridíssimo em toda a cristandade, o alemão, Bernhard Hâring, com câncer na garganta a ponto de quase não poder falar. Mesmo assim foi submetido a rigoroso interrogatório na sala escura daquela instância de terror psicológico por causa de algumas afirmações sobre sexualidade. Ao sair confessou: “o interrogatório foi pior do que aquele que sofri com a SS nazista durante a guerra”. O que significa: pouco importa a etiqueta, católico ou nazista, todo sistema autoritário e totalitário obedece à mesma lógica: cobra tudo, não esquece e não perdoa. Assim prometeu Barack Obama e se propõe levar avante o Estado terrorista, criado pelo seu antecessor, mantendo o Ato Patriótico que autoriza a suspensão de certos direitos e a prisão preventiva de suspeitos sem sequer avisar aos familiares, o que configura sequestro. Não sem razão escreveu Johan Galtung, norueguês, o homem da cultura da paz, criador de duas instituições de pesquisa da paz e inventor do método Transcend na mediação dos conflitos (uma espécie de política do ganha-ganha): tais atos aproximam os EUA ao Estado fascista.

 O fato é que estamos diante de um Império. Ele é consequência lógica e necessária do presumido excepcionalismo. É um império singular, não baseado na ocupação territorial ou em colônias, mas nas 800 bases militares distribuídas pelo mundo todo, a maioria desnecessária para a segurança americana. Elas estão lá para meter medo e garantir a hegemonia no mundo. Nada disso foi desmontado pelo novo Imperador, nem fechou Guantánamo como prometeu e ainda mais, enviou outros trinta mil soldados ao Afeganistão para uma guerra de antemão perdida.

 Podemos discordar da tese básica de Abraham P. Huntington em seu discutido livro O choque de civilizações. Mas nele há observações, dignas de nota, como esta: “a crença na superioridade da cultura ocidental é falsa, imoral e perigosa” (p.395). Mais ainda: “a intervenção ocidental provavelmente constitui a mais perigosa fonte de instabilidade e de um possível conflito global num mundo multicivilizacional” (p.397). Pois as condições para semelhante tragédia estão sendo criadas pelos EUA e pelos seus súcubos europeus.

Uma coisa é o povo norte-americano, bom, engenhoso, trabalhador e até ingênuo que admiramos, outra é o Governo imperial, que não respeita tratados internacionais que vão contra seus interesses e capaz de todo tipo de violência. Mas não há impérios eternos. Chegará o momento em que ele será um número a mais no cemitério dos impérios mortos.  



EU VOU CONSEGUIR!!!!

EU VOU CONSEGUIR!!!!
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." Nelson Mandela